O ranking da Organização Não Governamental (ONG) Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal (Seguridad, Justicia y Paz) do México, que divulga anualmente as 50 cidades mais violentas do mundo, novamente pontua municípios da Bahia. O deputado Pablo Roberto (PSDB), que é também presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública na Assembleia Legislativa, vê o descaso do Estado como um dos principais fatores para os índices.
“Enquanto o governo do estado achar que contratação de policial é o suficiente para diminuir os índices de violência na Bahia, nós vamos continuar sendo esse péssimo exemplo para o Brasil e o mundo. Já são quase duas décadas de descaso, de crise, sem o apoio de autoridades que busquem entender a estrutura desse sistema, e pensar ações e estratégias para que os números sejam contidos”, enfatiza o deputado.
Os números são mesmo alarmantes. Segundo o levantamento, Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista são três das cidades mais violentas do planeta. A capital baiana aparece na 19ª posição, enquanto Feira e Conquista ocupam a 22ª e 26ª posições, respectivamente. No ano passado, a Bahia já tinha registrado a maior quantidade de mortes violentas do país, conforme o índice nacional de homicídios.
A questão preocupa o parlamentar. “A insegurança pública tem imperado na Bahia. Estamos normalizando viver em meio ao caos, enquanto assistimos a um Governo que cerceia o nosso direito de ir e vir, dando vez ao tráfico, à violência, e tantas mortes que só nos envergonham nesse ranking mundial”, lamenta Pablo Roberto.
Para o parlamentar, o devido respeito e valorização da vida do povo baiano deve ser prioridade para o Governo do Estado. “Para se ter uma ideia do total abandono, nos últimos oito anos (2015 a 2022), a Bahia, ao invés de buscar soluções, reduziu os percentuais investidos em áreas como Segurança Pública. Só será possível sairmos desse mapa que nos deixa tão envergonhados e inseguros, quando tivermos um governo atuante, preventivo, e, acima de tudo, que priorize a vida dos baianos”, conclui.
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